No dia 8 de Abril de 1930 nasceu em Coimbra um bebé cujo nome era Pedro. Vivia numa casa modesta, a sua família pertencia à classe média mas nasceu numa altura em que o seu país se encontrava em crise.
Era um bebe muito feliz, até que um dia a sua mãe, Beatriz, decidiu ir trabalhar para Castela, a sua terra natal, pois não encontrava emprego como arquitecta em Portugal. Ela queria Pedro levar, mas o seu marido, Afonso, o maior dos patriotas do seu tempo e “ político”, não o permitiu. O seu pai era conhecido por Afonso IV, pois tinha quatro prémios dados por quem comandava Portugal. Filho seu tinha que crescer em Portugal, formar - se profissionalmente em Portugal e contribuir para a sua Nação e só depois poderia sair dele já com as suas raízes bem “Portuguesas”. Também a sua cultura não poderia sofrer alterações. Assim, teria que passar a maior parte da sua vida em Portugal e conviver só com estrangeiros para a resolução de assuntos profissionais. Afonso IV já tinha planeado a vida do seu filho ainda antes de ele começar o seu percurso escolar. Assim, Beatriz foi para Castela (para junto da sua família), deixando o seu ente mais querido em Portugal.
Afonso IV com certeza que queria o melhor para o seu filho, mas o que ele pensava ser o melhor para ele nem sempre o era. O seu primeiro erro foi ter criado uma empresa, não há nada de maléfico nisto, mas o erro em si foi tê - la criado no sul do país. Com o desenvolvimento magnífico da empresa, Afonso IV decidiu ir para Estremoz. Visto que o seu filho tinha um bom aproveitamento no colégio externo onde frequentava o 1º ciclo, Afonso IV decidiu deixar o seu filho aos cuidados da sua mãe, S. Isabel.
Pedro viveu a sua infância com a avó, vendo, somente, os seus pais duas vezes por ano. Pedro era sensível e sentiu muito a falta dos seus pais, mas o seu crescimento foi bastante bom e prometeu a si mesmo que nunca faria nada igual aos seus filhos.
Passados alguns anos, Pedro foi para o 2º ciclo. A sua mãe morreu e ele ficou muito abalado com a perda dela. Ele, fisicamente, era alto para aquele tempo (cerca de 1,60 metros), os seus cabelos eram encaracolados, compridos e científicos, os seus olhos eram verdes, não era gordo nem magro. As “garinas” achavam - no lindo. Ele nunca se interessou realmente por nenhuma, não obstante tinha bastantes amigas coloridas. A relação mais duradoura que ele teve até entrar para a faculdade durou uma semana, nada mais, nada menos, simplesmente uma semana (uma eternidade aos olhos de Pedro). Ele pensava que todos os segundos tinham que ser aproveitados e que o ser humano só podia evoluir ao descobrir coisas novas, logo não se deveria perder demasiado tempo numa só coisa.
Passados alguns anos, já com 1.85 m e 18 anos foi para a Faculdade de Coimbra e prosseguiu os seus estudos no curso de economia. Era um excelente aluno, acabando o curso passados quatro anos. Lá conheceu uma rapariga por quem sentiu alguma atracção, Constança. Constança era uma rapariga rica de famílias muito nobres, mas pouco bonita por dentro, pois era muito invejosa e convencida. A atitude de Constança que Pedro menos gostava era o embaraço que ela provocava nos colegas quando dizia mal deles à frente de toda a gente. Tentou mudar nela esta atitude mas não conseguiu mudá - la totalmente, só a diminui (o que já não e mau). Passado um mês de a conhecer, começou a namorar com ela. O que estava previsto era que esse namoro durasse pouco tempo, mas isso não aconteceu. Pedro já namorava com Constança há dois meses e considerava - se feliz com ela.
Há vinte e três anos atrás tinha nascido na Galiza uma rapariga, Inês de Castro. Seus pais, Pedro Fernandes de Castro e Aldonça Suárez, eram, respectivamente, galego e portuguesa. Os seus pais eram médicos e o seu avô tinha um cargo muito importante no governo espanhol, o que lhe dava muito poder no seu país. Ela vivia com eles, os empregos dos pais e do avô proporcionavam - lhe uma situação económica excelente. Assim, cresceu numa casa cómoda e confortável, onde não faltava nada a nível material. Os seus pais e o seu avô também não lhe faltaram com carinho e amor.
Foi uma criança muito feliz, cresceu junto dos seus pais e adorava o seu avô. Andou num infantário, onde fez bastantes amigos, pois era muito sociável. Quando fez seis anos, foi para um colégio de freiras de que gostou bastante e fez a maior parte do seu percurso escolar lá, somente quando foi para a faculdade é que de lá saiu.
Inês queria ser economista, tal como Pedro. Poderia ter tirado o seu curso na Universidade de Madrid, mas foi para a Universidade de Coimbra. A distância de sua casa até às duas Universidades era equivalente. Também a sua prima, Constança, estava nessa faculdade e, visto que a Faculdade de Economia deCoimbra era uma das mais conceituadas, Inês decidiu ir para lá.
Inês mudou - se para a República Contas, onde morava Constança. Durante os primeiros tempos, ela estudava imenso e socializava muito pouco, falando, essencialmente, com as colegas da sua República. No primeiro ano, foi a melhor do seu curso, conseguindo uma bolsa que lhe ajudou a comprar uma casa. Esta compra afastou - a imenso da sua prima, mas teve uma consequência positiva. Inês começou a sair e a conviver com colegas da faculdade.
No segundo ano, conheceu um rapaz que foi seu colega num trabalho de estágio, Pedro. Nesta altura, Pedro ainda namorava com Constança, mas sentiu uma atracção por Inês. Inês não sabia que a sua prima namorava com Pedro e, visto que também sentia uma grande atracção por Pedro, começou a namorar com ele. Pedro namorava com as duas, mas sabia que Inês era “a tal”. Os amigos de Constança tinham-na avisado, mas ela não acreditou, não pondo sequer em causa o amor de Pedro. A situação manteve - se.
Inês, Pedro e Constança acabaram o curso ao mesmo tempo. Os três foram trabalhar para a empresa de Afonso IV em Estremoz e os três estavam a viver em casa do pai de Pedro. Inês já sabia da “poligamia” do namorado, mas como o amava continuava com ele.
Certo dia, Afonso IV entrou no quarto de Pedro e viu-o com Inês. Para ele era uma ofensa a Constança. Afonso IV não simpatizava muito com Inês, então pensava que o que Pedro estava a fazer era uma ofensa a Constança. Ele falou com o seu filho e disse-lhe que se ele não se decidisse decidia por ele (para variar). Deu-lhe uma semana.
No dia a seguir, Constança disse-lhe que estava grávida dele. Pedro decidiu casar com Constança, tal como o pai queria . Af0nso IV transferiu Inês para uma empresa em Berlim. Inês foi, pois não queria ser despedida. Pedro ficou aborrecido com o seu pai, com o qual já não tinha uma relação muito saudável.
Passados nove meses, Constança morreu no seu parto bem como o filho dela e de Pedro. Pedro informou e pediu a Inês para voltar. Ela voltou imediatamente, mas perdeu o seu emprego, pois Afonso IV ameaçou Inês que se ela voltasse a despedia.
Os dois foram viver para a Lourinhã. Tiveram quatro filhos e foram muito felizes. Pedro, como tinha prometido a si próprio, disse que nunca abandonaria os seus filhos. Então, quando teve o seu primeiro filho, despediu-se e foi trabalhar para uma empresa perto da sua casa.
Passados alguns anos, o pai de Pedro morreu e Pedro era o seu único herdeiro. Assim, herdou a empresa do seu pai e, para manter a promessa que tinha feito a si mesmo, desmantelou a empresa de Estremoz e deslocalizou-a para Coimbra. Inês e Pedro foram viver para o Paço da Rainha Santa, junto ao Convento de Santa Clara-a--Velha. Eles sempre foram felizes.
Aí viveram durante longos e longos anos, até que um dia Inês, com oitenta e sete anos, foi assassinada perto de um riacho devido a uma volta de ouro que trazia. Pedro morreu passados quatro anos com os seus filhos num acidente de carro.
O SEU SANGUE AINDA
SE ENCONTRA LÁ…
Fim
SE ENCONTRA LÁ…
Fim
Esta história é bastante interessante.Parabéns conseguiram escrever uma nova versão mas com bastantes premenores relacionados com a versão verdadeira.
ResponderEliminarADOREI!
Tiago- Coimbra